Passamos a maior parte da nossa vida fazendo planos, construindo sonhos. Muitos caem por terra antes mesmo de subirem a montanha, outros decolam e se completam e aí voltamos a fazer novos planos, traçar novas metas. Estamos sempre pensando no amanhã, no que ainda está por vir, já reparou!? Já se passaram duas décadas desde que você se entregou ao mundo, se libertou para o desconhecido, um mundo que até então você não tinha conhecimento algum sobre ele e mesmo assim se permitiu desvendá-lo. Depois de todo esse processo eu lhe perguntaria: o que ainda lhe dá medo? Caminhamos vinte anos superando desafios, errando, arriscando, surpreendendo, decepcionando, dando valor a quem não merecia ou não dando o valor merecido àquela pessoa, ganhando amigos, perdendo os mesmos, sorrindo, vibrando, chorando, torcendo. Ufa! tanta coisa...Você viveu tudo isso e com toda a intensidade que o momento pedia e chegou aqui! E agora que subiu esse degrau eu lhe diria para dar um olhadinha para trás. Mudaria alguma coisa? Algo que nós nunca nos permitimos é olhar para o passado. Como assim não devemos lembrar do que vivemos, ou melhor, do que vivemos e não gostamos de ter vivido? Nós nos prendemos ao futuro por que ele ainda é uma esperança de que algo pode dar certo. Olhar o passado é admitir que erramos em muitas coisas mesmo que em muitas tenhamos acertado. Mas, somos o resultado dessa soma da imperfeição. Somos o que somos por que tombamos e conseguimos levantar e enxergar o que foi feito de errado. Falaremos agora do Presente. Alguma vez você já parou para pensar no dia de hoje!? O que está acontecendo agora, o que está sentindo? Aposto que não! Curtir o hoje é poder se lembrar amanhã o quão feliz foi seu passado, pois você se permite viver o momento, se entregar. Da mesma forma que encaramos o mundo quando nascemos, deveríamos nos jogar no presente. Nos permitir viver cada melodia, cada sussurro do vento, cada raio do sol, cada sombrinha e cada gota de chuva. Viver o sorriso de outra pessoa e o seu sorriso, por que não? Experimentar algo novo que lhe foi sugerido; negar aquilo que você não quer; apreciar a paisagem; ficar à toa; ligar o som bem alto; abraçar um amigo; perdoar um inimigo. Aproveitaríamos para apreciar cada pequenina coisa que antes parecia tão insignificante aos nossos olhos como uma brisa soprando suave as folhas da sua calçada ou até mesmo o amor em suas suaves demonstrações. Isso parece tão belo na teoria não é mesmo? Cada dia não é um dia, é "o" dia. Experimente vivê-lo da mesmo forma como você o planejou um dia no passado. Não se perca pensando no que vai fazer com seus próximos vinte anos mas sim com o que você está fazendo neste exato instante pois, é a partir dele que se refletirá seus próximos dias. Comece por hoje! Se permita apenas sentir toda a emoção do momento, cada palavra, cada cheiro, cada toque. É o seu dia, comemore-o como se fosse o único, afinal, ele é único e amanhã você poderá olhar com toda a coragem para trás e saber que viveu tudo que tinha pra viver e que ainda há muito pra ser vivido.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
domingo, 14 de março de 2010
Desejos
Na vida há truques que nos levam a provar imensos sabores. Doces são os sonhos, tênue como uma manhã de domingo; já amargos são as ilusões, negras como a noite mas, estreladas como o céu.
Desejos, os mais loucos desejos são os mais perigosos anseios que nos levam a uma prisão perpétua de imaginação e estimulações constantes.
Desejos nos provocam arrepios, nos levam as mais profundas tentações. Os desejos se juntam com os mais poderosos cheiros, se esbarram nas mais perfeitas curvas se entregando de vez ao leito fatal.
Desejos, os mais loucos desejos são os mais perigosos anseios que nos levam a uma prisão perpétua de imaginação e estimulações constantes.
Desejos nos provocam arrepios, nos levam as mais profundas tentações. Os desejos se juntam com os mais poderosos cheiros, se esbarram nas mais perfeitas curvas se entregando de vez ao leito fatal.
sábado, 13 de março de 2010
Para Sempre
Ao primeiro anoitecer
acordarei em lua cheia
Meus olham brilham ao lhe ver
Será possível momento algum esquecer você?
Há quem diga que será passageiro
Há quem diga que irei lutar
Por ti, meu bem
seria capaz de apenas tentar
A honra de tê-lo ao meu lado
ou a simples capacidade de prendê-lo em meus braços
Seria inútil tal ousadia
de esquecê-lo ou matá-lo
O que faço diante de ti, meu bem?
As lágrimas jorram sem parar
e cada sol que nasce
penso em partir
Seria tolice minha perder amor igual ao teu
ou viajar em teus pensamentos isolados
Parar o dia em imagens nossas
e todos os beijos que não foram dados
As dores foram retiradas do meu peito
e aos poucos fui reinventando a paixão
imaginando teus beijos roubados
e não apenas curtidos, mas desejados
E em dias distantes daqui
quando ao tocar o chão a lua fez surgir
um brilho veio em meus olhos
e então decidi que ficarei por ti, meu bem
Ficarei pois mais nada pode arrancar o que é nosso
Nasceu em mim e em mim ficará
Enquanto o sol for capaz de brilhar
e iluminar o que cresceu neste coração apaixonado.
acordarei em lua cheia
Meus olham brilham ao lhe ver
Será possível momento algum esquecer você?
Há quem diga que será passageiro
Há quem diga que irei lutar
Por ti, meu bem
seria capaz de apenas tentar
A honra de tê-lo ao meu lado
ou a simples capacidade de prendê-lo em meus braços
Seria inútil tal ousadia
de esquecê-lo ou matá-lo
O que faço diante de ti, meu bem?
As lágrimas jorram sem parar
e cada sol que nasce
penso em partir
Seria tolice minha perder amor igual ao teu
ou viajar em teus pensamentos isolados
Parar o dia em imagens nossas
e todos os beijos que não foram dados
As dores foram retiradas do meu peito
e aos poucos fui reinventando a paixão
imaginando teus beijos roubados
e não apenas curtidos, mas desejados
E em dias distantes daqui
quando ao tocar o chão a lua fez surgir
um brilho veio em meus olhos
e então decidi que ficarei por ti, meu bem
Ficarei pois mais nada pode arrancar o que é nosso
Nasceu em mim e em mim ficará
Enquanto o sol for capaz de brilhar
e iluminar o que cresceu neste coração apaixonado.
Sem Título
A vida azul
do mar
Como o sol
que amanhece
e a vida entristece
ao som de te ver
Passo na lua
a ficar
ao passo de amar
apenas você
Vejo nas estrelas
a minha certeza
de poder te ter
Estou ficando a sonhar
desejando tentar
Querendo você.
do mar
Como o sol
que amanhece
e a vida entristece
ao som de te ver
Passo na lua
a ficar
ao passo de amar
apenas você
Vejo nas estrelas
a minha certeza
de poder te ter
Estou ficando a sonhar
desejando tentar
Querendo você.
Sem Título
Quero fazer dos seus olhos
A luz
Brilhando no escuro
Alma minha
Sorrateiro como a calma
Corro entre ruas e estradas
Para te ver
Amor meu
Quilômetros de loucuras
Criados por ti
Meu anjo
Vida minha
Horas à atravessar
Falas a ensainhar
Cadê você, meu amor?
Cadê você, lua minha?
Pensaste tu
Que fosses como eu
Pensaria em todas as formas
Para tê-lo, torná-la minha
Palavras e formas
Transformadas em rodas
Corro para ti
Onde estás?
Saia! Saia!
E venha...
Venha para mim
Meu coração.
A luz
Brilhando no escuro
Alma minha
Sorrateiro como a calma
Corro entre ruas e estradas
Para te ver
Amor meu
Quilômetros de loucuras
Criados por ti
Meu anjo
Vida minha
Horas à atravessar
Falas a ensainhar
Cadê você, meu amor?
Cadê você, lua minha?
Pensaste tu
Que fosses como eu
Pensaria em todas as formas
Para tê-lo, torná-la minha
Palavras e formas
Transformadas em rodas
Corro para ti
Onde estás?
Saia! Saia!
E venha...
Venha para mim
Meu coração.
terça-feira, 2 de março de 2010
Para dar água na boca
O sol brilhava lá fora. Cada raio iluminando uma forma de vida, um ser estático. Eu olhava pela janela, um espaço tão pequeno que enquadrava tanta coisa: a beleza do verde, o ruído do vento roçando em meu cabelo, o balanço ritmado das folhas, o aroma da terra, a leveza da vida lá fora. Cada pedaço meu pertencia a esse dia, a esse tempo que teimava em passar. A paisagem que jazia por entre a moldura da minha janela só me mostrava o que era difícil compreender. Por maior que fosse a saudade, a distância, a necessidade ardente da presença dele o tempo não parava e não iria parar. O sol continuaria a brilhar todos os dias, as nuvens continuariam a se mover em direção ao vento, a lua iria aparecer todas as noites. Nada mudaria. Nada, a não ser a única e não excludente ausência que cresceria em meu interior a cada minuto decorrido.
Por alguns, só alguns irrelevantes minutos daquela manhã eu vivi como se ele estivesse ali. Senti sua presença, seu calor em minha pele arrepiando cada trecho que sentia sua presença. Senti sua mão passear pelo meu corpo descendo pelo pescoço, moldando minha cintura. Senti por um momento seu cheiro que por tantas vezes permaneceu em minha roupa, minha cama, meu travesseiro. Senti que o tocava, passava minha mão em seus cabelos curtos e bem cortados, passava pela nuca e imaginava seus pelos eriçando a cada toque manso de meus dedos. Meus dedos ansiosos corriam pelo seu peito que por muitas noites foi meu colo, meu ninho. Iam seguindo pelo abdome e subiam de novo em direção a sua boca. Delimitava cada curva de seu rosto: os olhos, nariz, boca. Parei por uns segundos nessa última região. Passei de leve os finos dedos por todo seu lábio e desejei que eles fossem de encontro ao meu. Fechei os olhos e esperei reviver toda aquela sensação inebriante de quando me tocava. Mais uma vez fui tomada pela imaginação. Senti sua boca percorrendo toda a estrutura do meu colo. Senti suas mãos me puxarem para mais perto. Senti ainda mais o calor de seu corpo, a necessidade mútua de alcançar algo que somente o corpo, a carne não podia oferecer. Minha respiração abafava juntamente com o aumento da pulsação. Suspirava ao sentir suas mãos tão fortes, alheias a qualquer permissão sobre meu corpo. Ia me invadindo aos poucos, me levando solta. Seu cheiro era agora uma mistura nossa. Chegamos ao ápice do desejo. Senti toda a minha roupa sendo arrancada de mim. Cada centímetro da minha pele ansiava o contato com a sua. A necessidade de estar tão perto, dentro aumentava. Um instante se passou e sem que eu pudesse perceber, eu estava completamente nua, despida não somente das minhas roupas, mas dos meus anseios, medos, inseguranças.
Eu estava com ele. Eu tinha ali, tão próximo de mim o calor quando só me bastava o frio, eu tinha a luz quando só conseguia enxergar escuridão, tinha a primavera quando meus dias só se tornavam uma breve tarde de inverno. Fechei novamente meus olhos e ele se aproximou mais de mim, entre nossos corpos já não se podia observar distância. Em uma seqüência de ritmos ele beijou meu pescoço seguindo em direção a pontinha da minha orelha. Nesse momento senti meu corpo todo estremecer. Cada espasmo me levava mais e mais em direção a ele. Senti seu ofegar, seu ar quente. Ele estava ali, definitivamente.
Abri meus olhos cobertos em lágrimas e pude ver entre tudo que ocorria lá fora que a minha vida, assim como o mundo que me rodeava, poderia seguir sem ele. Mas, eu não queria isso! Não escolheria jamais me privar de toda essa sensação. Faria o que fosse preciso para mantê-lo por perto. A saudade doía, a ausência era desesperadora. Cada dia era uma eternidade e eu iria esperar. Esperaria sorrindo e correria em direção aos seus braços quando estes se abrissem para mim novamente. Colocaria minhas delicadas mãos eu sua face e olharia dentro de seus olhos e os fecharia com um leve toque da minha boca na sua. Demoraria quanto fosse preciso para sentir seu gosto e sem mais precisar dizer uma palavra ele saberia que todo esse tempo eu estava ali inteiramente ao seu dispor. E como se mais nada bastasse eu abriria meu sorriso doce de menina e sussurraria como uma brisa em seu ouvido: é você que eu quero...
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